sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Seria o suficiente...



Fitou-me por algum tempo em silêncio, antes que voltasse a falar. Derrepente, por mais absurdo que me parecesse, começou a gargalhar. Ria e ria alto chamando a atenção de todos ao nosso redor. Eu por minha vez não resisti e esbocei um leve sorriso, com os olhos ávidos cravados nele conjeturava a possibilidade de uma simples faquinha em minha bolsa.
Seria o suficiente...

11 comentários:

  1. Para arrancar as risadas encarnadas na língua, picotar e destrubir esse ranço alegre as pobres criança da minha rua. Ah, como eu destesto esses rompantes endomiados do Assis.

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  2. Se pelo menos dançasse bem um tango, mas não, so me fitava com aqueles olhos esbugalhados de quem ja tomou meio litro de Jack Daniels, pensando bem, ah se eu tivesse aqui a pexeira de virgulino. Ia Assissina-lo. Bom, pelo menos

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  3. Mais serventia me teria. Porque o motivo do riso estava lá, no fundo do salão, exibindo um belo sorriso na face de boneca. Sinuosa.

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  4. Sinuosa a boca que esboçava o sorriso, sinuosa a sombra projetada não somente nas paredes, mas nas minhas mãos que lhes seguravam as ancas aveludadas.E tinha ímpetos de cometer um desatino: tanto Jack Daniels, tantas facas imaginadas correndo diante dos meus olhos...o desejo e a morte. A morte e o desejo. O desejo da morte e algo mais... Não, não é suficiente apenas olhar e te devorar com palavras e atos escusos. Nem imaginar um espancamento de pobres como imaginou Baudelaire. Endemoniada seria nossa vida, nossa dança repleta de risos escorregadios pelo salão envernizado onde escorria toda a verniz dos nossos rostos. Pensei que tudo isso fosse o bastante.Mas, ainda assim, não foi o suficiente...

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  5. Porque há em mim uma ânsia em compreender. E de verdade, aquela que meu avô falava ser verdadeiramente o que é; o copo como copo; a mesa como mesa. Essa me escapa como escapou sua gargalhada, seu desejo, seu olhar. Resta essa garrafa vazia sob a mesa. Imensa embriaguez.
    Discretamente abro a bolsa pego cuidadosamente a pequena faca aliviada lanço-a longe.
    Um leve sorriso surge e aos poucos começo a...

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  6. gargalhar também.
    A graça agora estava em mim, tola, preenchendo minha mente de idiotices sem fim, perdendo meu tão valioso tempo.
    Estou em um jantar maravilhoso, acompanhada do homem que amo e muito Jack Daniels!
    Sem mais pensar me aproximo de Assis e faço menção de beijá-lo...

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  7. É deveria ter pensando um bocadinho mais, ele percebendo minha tática, delicadamente, afastou seu rosto da possibilidade desse encontro.
    E de chofre com aquele seu sorriso singular me disse:
    _...

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  8. - Não estavas pensando em me matar estava?
    - Claro que não.

    Curiosa pensei, este homem lê pensamentos.
    Não era de se esperar que ele ache que eu quero matá-lo, ainda mais depois do que ele me fez. Uma traição destas é imperdoável. Traiu a mim, meus sentimentos mais profundos. Eu o amava, a dor foi muita, vim a este bar determinada a dizer as últimas verdades. Em mim havia um desejo de FIM, um desejo tão triste e angustiado.

    Mais aquele sorriso me encantou novamente, e ainda que me sinta traída e usada, caio nos braços de meu homem. Ah o amor, que coisa terrível.

    Peguei o copo com Jack Daniels e disse a mim mesma. De hoje em diante, não viverei uma existência social, mais serei uma meretriz desalmada.

    Tim Tim...

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  9. Tim Tim

    e foi o suficiente.
    Ah! o amor.


    FIM

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  10. Sueli... Pô... será que eu vou ser o encerrador oficial de histórias do blog? KKKKKKKKKKKKKKKKKKK

    Adorei isso aqui. Espero que me aceitem como um dos seus.

    Direto do Rio.
    Beijos.

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  11. ... e quem vai editar?

    ah,ja sei ... põe o editor ditador pra trabalhar, né?

    pô, assim não vale :o)

    beijos a todos

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