terça-feira, 9 de março de 2010

cavaleiros da Linguagem

Rumavam, como todos rumam, a uma direção imprecisa onde os sinonomos e os antonimos viviam em desacordos harmoniosos, esperavam em desconforto nos aeroportos e gozavam férias forçadas quando as praias estavão lotadas. Mas preservavam a lingua a qualquer custo, minha lingua é minha patria, sem anglicismos ou galicismos latinizando inclusive de tempos em tempos expressõess a serem gravadas no tempo.

Non ducor, duco, Não sou conduzido, conduzo. Por florestas de sinonimos e montanhas de adjetivos atravessavam os hiatos esquivando-se de cacófonos e gírias. Perguntavam-se se o idioma portugues havia nascido na cidade do Porto ou num porto efêmero de alguma distante colonia pós barba. Mesmo os predicativos do sujeito não encontravam objetos que fossem diretos o suficiente para verbalizar a onomatopeia de espanto ante a interrogação de genero, numero e grau. E, seguem de espanto em espanto nessa floresta de significados e significantes. Constante busca do sujeito na construção do corpo e do espaço. Uma teia feita de sons e palavras, coisas e objetos, de dores e amores.

Desejo do verbo de substantizar os adjetivos no ritmo das silabas sibilantes. Mesocleses e prosopopeias em estado de alerta, predicativos deste sujeito mal-barbado a espreita num dos cantos de uma sentença com a oração batendo rapida. Tudo num so suspiro de interjeição. Mas a virgula não é um ponto final e, não sendo o final me reconheço como sujeito da oração, um sujeito pleno na razão da sua ação, não oculto ou indeterminado e que, portanto, não é conduzido, mas conduz.

E de tudo que há terei na face da lua meus olhos cravados, ponto distante e brilho para meu espanto: ah! As palavras, a forma e o final feliz.

9 comentários:

  1. Trilha sonora sugerida... ^^
    http://www.youtube.com/watch?v=xRqI5R6L7ow
    XD

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  2. Gostei muito desse post,Sergio. Uma brincadeira ,tão séria, que possibilitou demonstrar o "quanto" e "como", fazemos uso da gramática na construção da nossa escrita, ainda que ,às vezes, isso passe desapercebido.
    abs

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  3. tambem gostei Sueli. Notei todavia que ficou um pouco carregado de erudição gramatical o que espantou outros fregueses... historias de amor vendem mais :o) Mesmo assim prefiro estes temas mais insolitos.

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  4. ^^... nem ficou tao carregado assim... XD!!!
    espantou?? o.O...
    com apenas quatro postagens acho mais provavel que nem chegaram a ver e já tinha acabado rsrsrsrs...
    historias de amor sao um saco... ><v
    até hoje nao sei pq o povo gosta tanto dessas coisas sem graça...
    quanto mais insolito mais divertido... =)

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  5. Concordo Sérgio,mas não tinha como ser diferente, e nem pensei em dar outro rumo mesmo. E isso é muito bom, a meu ver, estimula no outro um novo olhar.

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  6. Youkai, historias de amor: não é preciso cerebro para entende-las, apenas um coração grande e mole :o)

    Sueli, vc gosta de desafios literarios faz vasto e largo uso de seu intelecto privilegiado! Ta certo, né? Melhor usar assim que para escrever roteiro de Chuck o bebe assassino, hahahaha,
    bjs procês

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  7. Bem melhor! Adorei:"roteiro de..rs) valeu,Sérgio.

    vamuqvamu
    bjus

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  8. Historias de amor...
    Bem acho que estamos em muitos e cada qual com o seu gosto. Invariavelmente um estilo vai agradar mais a uns e outro a outros. Normal...
    Et Viva la diversité!

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  9. é melhor remodelar meu comentario... ^^
    a maioria das historias de amor sao um saco... mais as que sao bem feitas e nem parecem historias de amor, pois nao ficam presas a tolices humanas superficiais e sentimentais sao muito muito boas... XD... e as historias de amor estao em todos os lugares, meio que fazem parte de todas as historias ... mesmo as boas e velhas guerras estao cheias de companheirismo que a meu ver tambem é amor...
    mais sempre o mundo insiste em historias de amor rotineiras e cotidianas que ao meu ver sao meio sem graça... o mundo é cheio de coisas toscas que nem crepusculo por exemplo... fenomeno de leitores e é um livrinho bem ruim viu... enfim o amor pegou uma mania de ser usado de um jeito que acho muito chato... desgasto...
    rsrsrs...

    mais o coraçao ao meu ver nao passa de uma bomba de sangue... rsrsrs... serio o Dr house entende o amor com o cerebro... entao é possivel entende-lo com o cerebro sim... ^^
    e nao é chuck o boneco assassino em vez de bebe assassino o.O??
    bom de boa... nao curto chuck mais é um ideia divertida até botar um brinquedo para matar pessoas... XD
    ta que é mau feito acho... mais diferente é melhor que normal... ><v

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