Rumavam, como todos rumam, a uma direção imprecisa onde os sinonomos e os antonimos viviam em desacordos harmoniosos, esperavam em desconforto nos aeroportos e gozavam férias forçadas quando as praias estavão lotadas. Mas preservavam a lingua a qualquer custo, minha lingua é minha patria, sem anglicismos ou galicismos latinizando inclusive de tempos em tempos expressõess a serem gravadas no tempo, Non ducor, duco, Não sou conduzido, conduzo. Por florestas de sinonimos e montanhas de adjetivos atravessavam os hiatos esquivando-se de cacófonos e gírias. Perguntavam-se se o idioma portugues havia nascido na cidade do Porto ou num porto efêmero de alguma distante colonia pós barba. Mesmo os predicativos do sujeito não encontravam objetos que fossem diretos o suficiente para verbalizar a onomatopeia de espanto ante a interrogação de genero, numero e grau.
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E, seguem de espanto em espanto nessa floresta de significados e significantes. Constante busca do sujeito na construção do corpo e do espaço. Uma teia feita de sons e palavras, coisas e objetos, de dores e amores. Desejo do verbo...
ResponderExcluirde substantizar os adjetivos no ritmo das silabas sibilantes. Mesocleses e prosopopeias em estado de alerta, predicativos deste sujeito mal-barbado a espreita num dos cantos de uma sentença com a oração batendo rapida. Tudo num so suspiro de interjeição. Mas a virgula não é um ponto final,
ResponderExcluirE, não sendo o final me reconheço como sujeito da oração, um sujeito pleno na razão da sua ação, não oculto ou indeterminado e que, portanto, não é conduzido, mas conduz.
ResponderExcluirE de tudo que há terei na face da lua meus olhos cravados, ponto distante e brilho para meu espanto: ah! As palavras, a forma e o....
final feliz.
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