Eram 23 pesarosos llances de escada até chegar à porta. O bolorento corredor era iluminado por uma única lâmpada que tremulava feito chama de vela. Não tinha muitas lembranças daquele lugar e simplesmente não entendia o que o levara ali novamente, poderia simplesmente ter ignorado o chamado.
Ao pisar as tábuas essas lamentavam sobre seu peso. Colocou a antiga chave na fechadura torcendo que ainda fosse a mesma combinação. Rodou lentamente, ouviu um leve estalido e pronto, a porta estava aberta.
Um grave cheiro de passado e de vento percorria a escuridão daqueles lugares com os quais o salão se vestia. Vozes pareciam dançar ao som de um leve assoviar ancestral que misturavam gritos e chamamentos. Livros observavam cada passo como o desfolhar de páginas que se debruçavam sobre os pés que caminhavam. E eis que subitamente pequenas lembranças se formam em sua mente, mas tudo são fragmentos difíceis de fazê-lo situar-se com exatidão. Um forte cheiro e a vertigem tomam conta de todo seu corpo.
Atraído pelo inesquecível aroma se dá conta de que não há uma só alma viva no apartamento. Tateia as paredes tentando encontrar o interruptor, pressiona-o e nada. Continua sozinho, num cômodo escuro e cheio de fantasmas.
Caminhei tanto sem nem mesmo saber qual o propósito disso tudo. Se é que há um. E o que me resta? Ficar no escuro e ainda por cima sozinho, gritou impaciente. E uma voz lhe respondeu....
- 23 degraus, você subiu nesta torre na esperança de encontrar o que não mais poderia ser encontrado. Apenas este apartamento vazio que contém suas lembranças, seus desejos. Seu grito me comove, mas não mais está aqui a quem buscas. Aqui só encontrarás a dor e a saudade.
Já sabia que esta era a voz de seu coração. Olhou pela janela e imaginou-se caindo, livre da angustia, das lágrimas diárias trazidas pelas doces lembranças, agora amargas. Debruçou-se no peitoril e não conseguia encontrar uma imagem que lembrasse o que apartamento um dia tinha sido, ou tido.
Já sabia que esta era a voz de seu coração. Olhou pela janela e imaginou-se caindo, livre da angustia, das lágrimas diárias trazidas pelas doces lembranças, agora amargas. Debruçou-se no peitoril e não conseguia encontrar uma imagem que lembrasse o que apartamento um dia tinha sido, ou tido.
Sem uma única imagem na memória seus olhos procuraram na vastidão do céu um alento. E ao olhar as longínquas estrelas se deu conta que nele também havia o mesmo brilho, o mesmo pó de que tudo é feito. Foi tomado por essa misteriosa impressão e resolveu que era hora de sair daquela janela, a tentação poderia se tornar insuportável. Voltou-se para o quarto, decidiu vasculhar o apartamento. Abriu uma gaveta e ali encontrou o que pensara ter se volatizado há muito nos vapores do tempo. Ali, onde o escuro tudo escondia um manuscrito. Com as mãos trêmulas e um olhar lacrimoso pude ler:
"O que é passado, presente?O que é a sensação de futuro, quando o espelho mais inusitado são as palavras que tecemos para nós mesmos? Eu sou você que sou eu lendo isso e encerrado neste apartamento que se chama vida, encerrado nessa carta, agora espelho, caminhamos ambos em busca do segredo maior. Deixei ao largo da memória tantas coisas e elas estão por aí... Como achar? Ouça as vozes..."
Em meio a um turbilhão de sensações busca respostas. Só então se lembra de ter passado por um espelho enquanto percorria o cômodo, um espelho turvo de imagem distorcida.
Se observou, assustado constatou que a imagem projetada não era invertida como nos espelhos tradicionais. Ao longe ouviu um chamado, algo que parecia soar apenas em sua mente.
- Decifra-me... ou devoro-te..
- O chamado da Esfinge - reflete...
Tocou o vidro e assustado percebeu que a superfície não era sólida. O tato denunciou algo parecido com uma gelatina, gelada e fria.
Forçou o movimento e sentiu o braço atravessar a superfície, surpreso, decidiu ir além, ergueu a perna direita e seguiu para dentro do espelho.
Acordou assustado. O bolorento corredor era iluminado por uma única lâmpada que tremulava feito chama de vela. Não tinha muitas lembranças daquele lugar e simplesmente não entendia o que o levara ali novamente, poderia simplesmente ter ignorado o chamado.
Ao pisar as tábuas essas lamentavam sobre seu peso. Colocou a antiga chave na fechadura torcendo que ainda fosse a mesma combinação. Rodou lentamente, ouviu um leve estalido e pronto, a porta estava aberta.
Se observou, assustado constatou que a imagem projetada não era invertida como nos espelhos tradicionais. Ao longe ouviu um chamado, algo que parecia soar apenas em sua mente.
- Decifra-me... ou devoro-te..
- O chamado da Esfinge - reflete...
Tocou o vidro e assustado percebeu que a superfície não era sólida. O tato denunciou algo parecido com uma gelatina, gelada e fria.
Forçou o movimento e sentiu o braço atravessar a superfície, surpreso, decidiu ir além, ergueu a perna direita e seguiu para dentro do espelho.
Acordou assustado. O bolorento corredor era iluminado por uma única lâmpada que tremulava feito chama de vela. Não tinha muitas lembranças daquele lugar e simplesmente não entendia o que o levara ali novamente, poderia simplesmente ter ignorado o chamado.
Ao pisar as tábuas essas lamentavam sobre seu peso. Colocou a antiga chave na fechadura torcendo que ainda fosse a mesma combinação. Rodou lentamente, ouviu um leve estalido e pronto, a porta estava aberta.
E fim!
Desculpem-me a demora, estou viajando, portanto longe do meu pc, e o que tenho aqui é disputado a tapa....
ResponderExcluirHum! Com essa maravilha de edição, (eu)desculpo com gosto de quero mais.
ResponderExcluirMas sem tapas aí em Caçapava(rs) heim!
rsrsrs...!!!é um tapinha nao doi... XD!!!
ResponderExcluirmas pra usa o pc... se pode da um combo... !!!
^^
trilha sonora sugerida;;;!!!
http://www.youtube.com/watch?v=doTBT46wMvA
o clipe é consequencia... rsrsrs... ><v...
Bela edição :o) Disputado a tapa? vai de pontapé e garanta a sua horinha :oD, Feliz Natal! bjs
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