sábado, 4 de setembro de 2010

A tarde que passava. (descrever sem engessar)

Onko é um bom rapaz. Um pouco alto para a sua idade. Ele senta-se e olha para o alto. Suspira aliviado porque ja não ha mais tempo. Sente um pouco de sono. Boceja. Pensa em tudo aquilo que teria de dizer.

11 comentários:

  1. Sentia que ela não viria, mas mesmo assim ainda esperava. Estava ancioso, porém com receio.

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  2. Esperou por toda a tarde e quando ela chegou sentiu que não tinha mais sono. Esperava pela noite que lhe traria os sonhos. Mas ela tambem passou e chegou o amanhecer. Onko ainda estava la.

    Pelo que se sabe, Onko teria trocado sua ansiedade por um sorvete ou por um conto. Teria trocado seus minutos receosos por muito tempo dormindo. Olhou para o pulso e lembrou que não tinha mais relogio. Havia trocado por liberdade. So não lembrava aonde a havia guardado.

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  3. E depois de uma brisa passar por seus cabelos, olhou para baixo, ali sobre o chão onde sua sombra deveria estar projetada não havia nada, sua sombra prova de sua matéria se apossou de sua liberdade e correu pelo mundo. Nem sempre a troca funciona do jeito que se espera, era o que dizia o mestre dos trilhos. mais ali estava Onko, que cochilou ao sol pensando em tudo aquilo que teria de dizer.

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  4. Sem sombra e sem reflexo seu pensamento estendia-se alem do mundo, viajava veloz por planetas e tempos ja ha muito esquecidos pelo universo.

    O sol quente ardia em sua fronte e o fez acordar. Não estava mais sentado. Agora deitado na grama olhava as nuvens passarem. Nenhuma idéia lhe ocorria. Ao fechar novamente os olhos viu centenas de pontinhos pretos dançando dentro de suas palpebras.

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  5. E que felicidade aquela sensação de estar perdido ! nem as nuvens e todo aquele céu iriam lhe indicar o caminho, melhor assim, feliz assim.

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  6. Em algum lugar encontrava-se flutuando mas isso não lhe importava pois o flutuar absorvia toda sua atenção. Não pensava onde estava nem como nem quando mas sentia fluir por sua alma aquele estado de espirito ascendente.

    Foi subindo, subindo e sentiu as copas das arvores abaixo sussurando algo atraves do farfalhar de suas folhas secas. Diziam um intermitente murmurio que não podia compreender mas podia entender. Era parte dele.

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  7. Era como passar do etéreo e entrar em um aroma indefinido, só, sozinho, sem espera, sem palavras, nem ar, nem água, nada.

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  8. Era o nada absoluto em que Onko sentia-se cheio do todo perfeito, era o momento pássaro ,visão fontana determinando seu movimento ao encontro de tudo aquilo que teria de dizer.

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  9. Vagando pelo etéreo, plano onde a energia flui pura e onde pode-se sentir a essência do que se realmente é. Mais a jornada estava em seu tempo de conclusão, como um rio que arrasta um tronco, sua consciência foi tragada lentamente e depois de não se sabe quanto tempo, pois pode ter sido muito, ou muito pouco, estava de volta a si mesmo, estava junto à matéria física que confinava e protegia sua alma, abriu os olhos e olhou para o céu, ali acima dos ventos e junto às estrelas estava ela a lua, lua esta que broqueada uma vez pelas nuvens não estava preparada para ouvir, embora presente no dia que pode ter sido o anterior ou outro qualquer, agora estava ali e chegara à hora de dizer aquilo que era preciso. Levantou-se e percebeu que sua sombra estava de volta e lhe entregará a liberdade em mãos, como matéria menos livre de todo seu ser, pediu as devidas desculpas, mas ela não pode resistir ao apelo do mundo, e agora com seu reflexo de comprovação de existência, sua sombra, e o reflexo da luz da criação, a lua, estava na hora de proclamar o destino, um caminho de luz amanteigada surgiu e a luz da lua o iluminou desta vez sem nuvens para atrapalhar seu caminho.

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  10. Onko sabia quando chega a hora de dizer verdadeiramente a língua trava, falar coisas era fácil, mais nesta situação que tinha de expressar algo mais difícil do que o normal as forças lhe faltaram e por um momento não abriu a boca. Mais depois respirou e disse:
    - muito boa noite senhora dos céus noturnos, Irma lua como esta? Disse respeitosamente, mais não houve resposta. A lua era uma ótima ouvinte mais só falava quando era extremamente necessário, pois não gostava de sua voz, diferente do vento que uiva e do mar que estronda a lua se cala.
    - bom, continuou Onko, vou começar pelos tópicos, é... Então tenho que falar sobre as marés, sobre os sonhos, sobre os cabelos, sobre o campo magnético, sobre marte, sobre os astronautas e deixe-me ver sobre queijo e sobre lobos e acho que tem algo mais que não consigo me lembrar agora, mais em todo caso deixe-me começar. a lua em respeito silencioso apenas esperou, e Onko então cumprindo seu dever pigarreou e.
    - o controle sutil das marés neste ano não esta agradando os senhores peixes que por decisão de seu alto conselho dos mares presidido pela grande lula expressa o seguinte pedido: - queremos que se afaste um pouco da orbita, pois a maré cheia constante esta prejudicando os corais e os manguezais costeiros e as colheitas de plâncton este ano não estão boas para nenhum dos agricultores dos oceanos indico e atlântico, causando fome aos mais diversos tipos de cardumes e aos que deles dependem...

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  11. Onko,então,percebeu que manifestava seu pensamento adormecido e que belas palavras foram ditas sobre as marés, sobre os sonhos, sobre os cabelos, sobre o campo..., mas ele sabe há muito que não foi dito.
    Fecha os olhos e pensa em tudo aquilo que teria de dizer...

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