sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Foi-se o martelo (tit &¨imagem prov. 78.453)


Foi na Barra funda em meados de 1733 que Gerundio Passalaqua experimentou a primeira vez. Não se pode dizer que ele sentiu volúpia mas um destes estados neutros que beiram o extase e o desespero. Foi por assim dizer um momento prodigo cheio de tensão e surpresa destes que ficam durante anos impregnando os canyons de nossa memória com a sutileza de um furacão.

10 comentários:

  1. e que faço agora? vivo somente dessa recordação, com os olhos sempre voltados para o chão, perdido feito um cão.
    hum! só me faltava querer se poeta, e pelo andar da carruagem, não tenho o menor talento.

    mas quem sabe eu posso...

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  2. escrever alguma coisa, mais nao em verso. será que devo? bom, esse aperto nao quer passar, todos os dias atras do balcao do mercado vendendo e pensando na mesma coisa...

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  3. Um dia atrás do outro.
    Entre o zelo e desmantelo, seguiu arrastando como correntes aquele desespero travestido de euforia.
    Na corda bamba com o o coração em compassos de samba.

    E entre balcões, bêbados e suspiros, mais um dia se foi.

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  4. tenho de arrancar de vez essa lembrança, essa imagem, como as peras que apodrecem sob o prato,sinto-me definhar,o relógio não detem a morte das pedras,não posso deter em mim esse pulsar,

    suspirando saio do balcão,lá fora o sol me aquece e descubro...

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  5. que nao adianta nada, o calor nao afasta o frio da alma. alias é muita sorte estar tao quente neste inverno que a pouco era rigoroso.
    foco meu olhar nas carroças que passam, mais distraçoes a parte a memoria pulsa. por que meu pai, meu deus todo poderoso, por que me atormenta e castiga.
    acho que vou pedir o resto do dia de folga, embora esteja tao cedo, mais meu patrao ha de entender...

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  6. Ha de entender
    que quando a gente chora
    o relogio parado
    a morte do tempo
    nem sabemos
    que dia e` hoje???

    Lucia Bins Ely p/versob

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  7. é, perdi mesmo a noção do tempo,também só faço chorar,nessa solidão sem fm, mas eu não me chamo,Gerundio Passalaqua


    se hoje não me perder de tanto amar

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  8. ai minha mulata de bronze, que saudades tenho de Ti... nao ha vejo a apenas dois dias, mais sinto-me como se fossem decadas.
    meu coraçao verte lagrimas de desespero sabendo que nosso amor secreto nao pode ser legitimado...
    devo casar-me com Karmem, mais é a Ti que amo...
    -meu senhor. digo e viro-me para meu patrao recostado na parede da entrada do mercado, pensativo...

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  9. Não fiques ai a pensar,faça como eu,a cada passo que dou sinto meu coração bater, sinto a vida em todo seu esplendor, rodeado por cor e luz. Todos os poros da minha sensação de pele macia aprecia esta brisa que me rodeia, me faz sonhar, me ajuda a continuar lutando, continuar a amar, confiar, e esquecer os dias negros. Por um momento eu sinto a força da vida que cresce dentro de mim e com essa força eu sinto que posso continuar a seguir!. Bebendo desta fonte inesgotável, A FONTE...

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  10. a fonte de onde tudo nasce,o desejo, que fica impresso no fundo das nossas vidas para sempre,que ficou em mim,Gerundio Passalaqua,em Karmem, em Marias,Antonios,Pedros...Vinicius,
    nas multidões... na Barra Funda,
    Montmartre, Cádiz, mundo afora.
    O desejo... de tudo comer.
    Fim

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