10 Hands
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Pedrinhas que entram no sapato,
saem do sapato,
entram em casa
saindo do computador
e saltam
saltam
saltam aos olhos.
doem, mexem e pinicam
como moscas na sopa,
como verbos de Drummond.
saem do sapato,
entram em casa
saindo do computador
e saltam
saltam
saltam aos olhos.
doem, mexem e pinicam
como moscas na sopa,
como verbos de Drummond.
São incontornáveis, essas pedras? De tanto se acostumar, já não doem? Educam (cabralina) a caminhante? "Mineralizam" a alma já de tanto petrificada? Não há por certo, nesta persistência, algo de masoquismo? Não chegou a hora de buscar um caminho menos pedregoso, para percorrer sem pedras e sapatos? outro caminho, outro caminhar,mas não sozinho é preciso apanhar o grito de um galo antes (uma nova manha?) e lance a outro que com muitos outros galos tracem uma nova rota sem pedras.
Caminho... e tem a trajetoria e tem as pedrinhas. Tudo na maior congruencia de eventos obrigatorios. Resta prosseguir ou desistir. Reclamar é quase preciso pois a gente sempre aumenta um ponto. Caminhos sem pedra seria melhor mas em minha debilitada visão de caminhante mal vejo os galos mas ouço-os cantar. Parece que ja amanhece.
Prossigo. Justo, prosseguir não traz arrependimento, é aconselhavel atravessar a grande agua. E por que não atravessar essa grande rua como alguém, que apesar das inevitáveis pedras do caminho, ainda que só na imaginação escuta um galo à cantar, ou fruto da lembrança do poeta, galos- homens-solidários à caminhar...e as pedras? Continuam a machucar? Um poema alivia a travessia, ou tirar os sapatos ou..ou.. ou algum lugar menos pedregoso a vista.
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