segunda-feira, 2 de novembro de 2009

A grande solidão


Em momentos como este, retiro meus pensamentos e deixo o mundo divagar sobre o destino. Que se pode fazer? Quando olho, percebo. Percebo e concluo. Concluo e me calo. Ha de haver em algum angulo uma visão não percebida, da ótica a ação basta um momento para criar a solução, mas não me alento e caio no chão sem esperança de encontrar uma saída. A saída é vastidão. Mirar ao longe e só o horizonte. E cada homem é uma ilha.

La neste infinito talvez aconteçam os sonhos mas entregar-se aos sonhos seria egoismo. Proponho um arquipelago de sonhos conjuntos. Embora saiba que minha insignificancia é equivalente ao quanto a nego! Vou iludir-me com esperanças que cabem no vazio da materia, do atomo, no vazio de meu estomago e amago. Neste vazio imenso do mundo. Um mundo superlotado de corações de gelo.. Talvez eu seja um deles!

Mas também sou a percepção sensorial das coisas, sendo elas, as coisas como as percebemos a própria realidade, ainda que instável e caótica, sem nenhuma outra dimensão subjacente ou transcendente, por isso mesmo sigo, me debato, me reviro, me agito, mas talvez nossa labuta seja exatamente esta, permitir que as borbulhas se tornem espuma do mar.Esta vastidão onde me perco, não sei se sou este além do horizonte onde mergulho o olhar buscando vestígios da lua de ontem a noite que escorregou da luz solar. Com a sucessão dos dias enlouqueço do mal da espera...Contei muitas luas e êle não volta.Penso que vou me dissolver, sal em espuma...nevoeiro,bruma.

Então peço perdão por ter ousado imaginar as espumas flutuantes de castro alves, o avesso infinito de meu peso, do que me ata ao chão e me faz olhar para o céu. Alçar vôo, desprender-me da mãe terra que me sustenta com seu ar etéreo, sua agua diáfana que completa os vazios entre minhas moleculas de carbono.

Tenho aqui em meu estomago um nó que não se desfaz, que me lembra que a todo dia essa imensidão do vazio ajuda à reflexão e a encontrarmos a paz de espírito que a vida nos rouba a cada momnento. E como é necessário ter tanto tempo para nada fazer!

O centro escuro das sensações me imprimem ritmo, ilha em oceano de sentimentos. O que se destaca é a auto-piedade, a pena da dor que navega pela vastidao de meu eu.

O vazio me feriu e me aconchegou em seu peito de ebano. As lagrimas do desespero nao cessaram neste conflito, mais aqui terei todo tempo do mundo para me recompor, para achar o centro perdido de mim.

Sou em mim, a imagem do criador, alma imortal, espirito perene em evolução. Neste instante de vida, me pergunto... se vale a pena sentir.

By: Katia Mota, Sergio Cajado, Youkai, Tina, Sueli Aduan Cristina Siqueira, Manuel Afonso
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5 comentários:

  1. Um grande tema esse!Ficou muitooooo bonito.
    Parabéns a todos nos.

    (já foi pro twitter, facebook...e se tiver + a gente coloca(rsrs.

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  2. tambem curti, parabens para nosotros :o)

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  3. Parabén p. gentee! Ficou muito bom o resultaado, não sei se vocÊ costuma postar memes, mas, tem um p. você no meu blog :)

    Beeijo

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  4. Primeiro, quero dar os parabéns, tudo muito bem escrito, bem colocado, num sincronismo e rítmos que chegam a intimar.
    Além de ser muito intenso e também bonito, parabéns mesmo... um dos melhores textos que já li em um blog.

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  5. rsrsrs... Yeh yeh... fico muito Cool...!!! queria que o povo tivesse a mesma sincronia com outros temas tb...!!!

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