terça-feira, 30 de junho de 2009

Tudo mais...e a caixa?


Eu não podia imaginar que fosse possivel alguém me reconhecer com aquela roupa, aquela imensa caixa nas mãos que quase cobria meu rosto todo. Mas foi exatamente o que aconteceu.
Ao escutar o chamado não olhei pra trás e nem podia mesmo, como explicar minha presença ali, a caixa e tudo mais...

13 comentários:

  1. , explicara para que? Já tinha sido visto, já tinha sido reconhecido, o jeito era carregar aquela caixa com a naturalidade de quem segura um saco de pão

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  2. com um certo tremor seguiu, mas a curiosidade falou mais alto queria saber quem havia gritado seu nome, virou rapidamente e para seu espanto

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  3. irabuscacio.blogspot.com/9:10 PM, julho 03, 2009

    Hesitei, por alguns segundos, em atender a voz insistente. Sentia sua aproximação, até que me alcançou de perto os ouvidos. No ombro esquerdo, o peso daquela mão me deteve. Assustado, como uma criança pega em flagrante roubando um doce, me virei.
    Uma senhora, de tez rosada e afável disse-me: Desculpa, senhor! Mas seus óculos caíram no chão.

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  4. susto passado, ato contínuo, peguei os óculos rapidamente, mas aquela imagem não me era estanha.

    Com voz nervosa, tentando controlar a respiração ofegante perguntei:

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  5. entre um risinho e outro,completei totalmente inexplicável,tanto quanto essa caixa que levo comigo.

    A senhora arregalou os olhos e disse:

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  6. - O que leva aí, assim tão absorto a ponto de perder os óculos e não sentir o embaçamento típico da falta das lentes?

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  7. assim a queima roupa a pergunta desorientou-me, fiquei totalmente sem ação, sem voz.
    Não estava em meus planos abrir-me, contar à alguem meu segredo,era preciso sentir-me segura.

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  8. Uma vez que sem oculos enxergo tao bem como uma topeira, disfarcei um pouco e pigarreei. Nao que isso fosse fazer alguma diferença pois pigarreear so alivia nossa consciencia mas nao remenda nossas ações absurdas. Resolvi responder tão espontaneamente quanto possivel.

    – Levo uma caixa, mas por favor não me pergunte o que contem. Meu oculos embaçou ainda mais, mal conseguia enxergar por entre as gotinhas coladas no vidro. Sentia-me num fusca em dia de chuva. Ela insistiu:

    – Sei que não é de minha conta mas essa caixa gigantesca é um tanto suspeita.

    – Olhe, disse eu, aqui nesta caixa tem um urso chamado Zé que gosta de velhinhas simpaticas ao sugo. Ele é um tanto feroz porisso mantenho-o na caixa. Vou deixa-la aqui por um momento enquanto vou ao toilete pois urge a necessidade fisiologica que me impele, sem freios nem piedade. Não abra a caixa, ja volto. Entrei no salão e fiquei espiando para ver se ela ousaria espiar dentro do caixote.

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  9. quem diria aquela senhora!!! como a gente se engana,( tão sisuda) mas quem? quem conseguiria resistir a tamanha curiosidade.

    E ali do salão eu presenciei a cena, que por muito tempo iria me fazer rir.

    Que cena

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  10. "...por um momento queria desaparecer, mas resolvi continuar andando calmamente,e pior seria não responder ao chamado.Me virei com a imensa caixa nas mãos e fui de encontro a pessoa, a passos firmes e indaguei: Pois não!! Ela, meia sem graça, disse-me: Perdoe-me, foi um engano!Quer ajuda?
    Dessa eu consegui escapar..."

    Reggina Moon

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  11. Isso passou pela minha cabeça, mas a caixa nao estava mais comigo, estava ali a mercê da curiosidade alheia. Mas continuei ali olhando a velhinha.

    Ao abrir a caixa, como supuz que iria fazer, ela soltou a tampa, deu um passo para traz e fez o sinal da cruz.

    comecei a ter meu ataque de riso, pois era muito hilariante ve-la sob este espanto todo, eu havia avisado pra não olhar dentro da caixa.

    centenas de bolboletas sairam voando de dentro da caixa e a rodearam como um manto colorido em movimento. Ela tentava fechar a caixa mas elas continuavam a sair voando até não ficar mais nenhuma dentro.

    A senhora ficou desesperada, olhava para um lado e para o outro para ver se estava sendo observada. Claro que tava todo mundo olhando pra ela, estava parecendo um enorme pirulito de borboletas coloridas.

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  12. e, derrepente meu riso foi se fechando, se fechando, meu coração lentamente descompassando, até que parou, sim parou, por milésimos de segundos, para o inexplicável vivído.
    Das costas da senhora imensas asas prateadas surgindo, à bater freneticamente para o seu completo desespero, então olhei-a nos olhos em metamorfose, sorri , a aceitação foi instantânea .
    Em sua nova leveza voou.

    FIM

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